23 de janeiro de 2014

A arte de dominar um coração carente.


Tudo bem que eu não tenho um namorado e que dizem que eu demonstro ser uma pessoa carente ou não. Seja carente de um amor, de uma paixão [porque amor e paixão são sentimentos bem distintos], seja de um abraço, conversa ou de qualquer outra coisa que te faça bem. Do contrário não é carência, é outra coisa que eu ainda não sei o nome.

O fato é que eu sempre gostei de estar apaixonada, mas isso não se refere somente à vida pessoal, correlacionado a algum tipo de relacionamento entre homem e mulher. Sempre vivi tudo de uma forma bem intensa e isso faz de mim uma pessoa apaixonada pela vida, pelas escolhas, pelo dia, pelo luar, pelo o que uso, pelo meu trabalho, menos pelo sol, mas sou apaixonada pela praia – vazia -.

Não ligo paixão a um sentimento de ser ou não correspondida. Sinceramente, acho que domino a arte de apaixonar, domino assim com as duas mãos e de pés no chão, ah e com um coração pulsando freneticamente também.

Acontece que eu gosto, mas eu gosto de verdade mesmo, de se sentir apaixonada. Seja por uma peça de roupa que fico namorando até conseguir comprar e parcelar em 10x ou de sentir um frio na barriga toda vez que sei que um bofe tá falando bem de mim com um amigo em comum.

Alias sentir frio na barriga não tem haver necessariamente com a vontade de ter um amor do teu lado em dia de inverno, se tiver ótimo, se não a gente arruma um edredom mesmo.

Acho engraçado como as pessoas ligam a forma de está carente por precisar de um namorado. Você pode está carente de várias coisas, de vários sentimentos que deixaram de existir em você e você sente falta, porque carência é isso: sentir falta de algo, se privar de alguma coisa, alguma necessidade emocional e, de certa forma isso talvez não se interfere somente em relacionamentos conjugais.

Ainda que eu venha a sofrer no final de tudo pelo o que estou sentindo. Eu sinto falta de me apaixonar perdidamente por uma pessoa ou por alguma coisa, sinto falta de ligar, de manda r algum torpedo de madrugada desejando boa noite, de elaborar uma carta que eu sei que nunca será entregue, ou de ficar elaborando um scrapbook meu e dele em mente. É uma necessidade de planejar algo com o outro. Às vezes dá certo, às vezes não. Mas na maioria das vezes eles se vão.

Um coração maduro não se cansa de sofrer, ainda que já tenha passado por muitas. Pelo menos o meu que cresceu e amadureceu, ainda não cansou, mas vive em busca de um amor que o complemente, porque essa é a arte do amor, se complementar. Porque ninguém completa o outro, você tem é que se sentir completa para desejar as coisas boas pro outro.

Ter uma companhia em noite fria ou na tarde de verão é algo magnífico, cheio de amor e tudo transborda em alegria, em companheirismo, em olhos brilhando, mãos suando e dengos. Se apaixonar é de fato entregar teu coração para aquele momento, ainda que você lá no seu interior saiba que não poderá dá certo, mas um coração teimoso sempre persiste em está vivendo altas aventuras. De entrar numa casa e arrancarem ele de lá cheio de bexigas de ar, feito o Up, que voa em sua casa e mesmo em meio a tempestades consegue chegar até o local desejado. Assim também é um coração apaixonado e essa também é a arte de dominar a paixão ou um coração carente.

Carente não é um coração em buscar de um novo amor e sim aquele que tem medo de amar, que se tranca no seu casulo e esquece por um tempo o que é um frio na barriga ou dormir pensando em quem te fez sorrir durante todo o dia.


4 comentários:

  1. "Porque ninguém completa o outro, você tem é que se sentir completa para desejar as coisas boas pro outro." Parabéns pelo texto, K!

    G. Chevalier

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