5 de fevereiro de 2014

Ser psicólogo, uma tarefa difícil.

Engraçado que quando se precisa de um conselho, a última coisa em que pensamos é seguir os nossos, aqueles que damos a alguém quando passam pela mesma situação que você ou parecida.

Certa vez conversando com uma amiga  sobre isso, ela me disse que eu seria uma ótima psicóloga, alias acho que todo mundo tem um lado da psicologia dentro de si, mas não sabe.

Com certeza você vai concordar comigo que é muito mais fácil opinar e orientar alguém cujo você não está envolvido no problema. É sempre mais fácil pedir pra alguém fazer algo do que você mesmo fazer.

Quer vê um exemplo? Sua amiga acaba de terminar um relacionamento, você diz que foi a melhor coisa pra vida dela e que no fim ela vai acabar esquecendo-se de tudo isso, mas se fosse você? Você sabe que aquilo iria doer e que a última coisa que acabaria acontecendo seria esquecer o maldito que te faz escrever um texto desses.

Não é fácil ser psicólogo de alguém, de algum amigo ou de alguma confusão, mas as coisas ficam amenas e você consegue orientar e pensar melhor.

Acredito que não conseguimos ser psicólogos de nós mesmos porque agimos por impulso e por uma emoção que nos comove e não nos deixa pensar corretamente como deveríamos fazer.

Tudo seria muito mais fácil se existisse pulso firme, ou seja, quando aconselhamos alguém você quer que a pessoa acredite na sua palavra, quer que ela acredite que aquilo definitivamente é melhor. É como se fosse a venda de um produto, só que nesse caso você não vende, você dá, sem nada em troca, ou apenas a felicidade da pessoa.

Já quando é com você, a única coisa que você pensa é “por que eu seguiria um conselho meu?”, que louco não?! Mas essa é a realidade.

Quando se trata de agir sem sentimentos, as coisas funcionam muito melhor com quem está do nosso lado, do que com nós mesmos. E é por isso que quase nunca nos damos bem quando decidimos que o que falamos para o outro também serve pra gente, ainda mais quando o conselho não é seguido corretamente, a pessoa se frustra e você se frustra, todos se frustram e nada serve pra nada.

Tá bom, eu sei que é complicado de entender, ainda mais por aqui, mas para pra pensar comigo e vê se não é bem assim que acontece.

É muito mais fácil se envolver num atrito cujo você não está por dentro de todo assunto, do que se manifestar e seguir um conselho onde teu coração martela que nada vai dá certo, ou seja, tá tudo dando errado, alias sempre deu errado.

A psicóloga que está dentro de mim, só serve para aconselhar os amigos com os amores frustrados, dá dicas de como agir em um momento onde você sua muito fria e montar um casal, acho que só isso. Porque enquanto eu oriento a vizinha no que fazer, estou caçando alguém que me diga o que fazer, já que o que eu digo nunca vai funcionar pra mim, inclusive esse texto.

4 comentários:

  1. Me encontrei nas entrelinhas e esse texto me tocou, pois psicologia sempre foi a minha segunda opção de curso, até essa segunda. A pouco mais de 2 anos tinha psicologia como segunda opção e olha que já mudei a primeira tantas, mas tantas vezes, de Medicina Veterinária á Direito, enfermagem à jornalismo, mas psicologia era certo, sim, ERA. Minhas amigas sempre comentaram que sou ótima para dar conselhos (apesar de que sempre que vou aconselhar alguém sinto um frio na barriga e um medo de dizer algo que venha a machucar ainda mais a pessoa) e que minhas palavras lhes tranquilizam e blá blá blá, mas esses dias estava pensando e não vale a pena, não vale a pena eu dizer para que uma pessoa faça algo sendo que eu faço completamente diferente. É mais ou menos assim: " Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço..." Desisti da psicologia, apesar de sentir-me muito bem depois que aconselho e/ou consigo ajudar alguém a resolver seus problemas, mas é isso, aconselhar é muito mais "fácil" que seguir seus próprios conselhos, pois quando você aconselha está vendo a história de fora, e isso é completamente diferente de você está vivendo e/ou sofrendo toda aquela situação. Decidi continuar aconselhando, mas sem cobrar!

    Bjs!

    G. Chevalier

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    1. Te entendo perfeitamente, foi o que falei aconselhar pessoas quando estamos de fora da situação é tudo mais fácil, mas pesquisa mais sobre a area, talvez você se identifique de vez e se torne uma bacharel em psicologia, olha só. Pensa bem gatona! bjos

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    2. Depois que vi a sua resposta pesquisei mais a respeito e olha só, psicologia voltou com tudo e agora, provavelmente como primeira opção rsrs. Mas só irei começar a faculdade no meio do ano, então terei um pouco mais de tempo para rever isso melhor e com bastante atenção. Obrigada, K! Beijos!

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  2. uhahuahua, fico feliz que elo menos pesquisou, xô preguiça e vamos estudar, pesquisar mais e até arrumar amigos pra cobaia para serem seus pacientes, isso funciona. Mande noticias quanto a isso, beijao

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