24 de junho de 2013

Na madrugada


"E eu escrevia e apagava, mas pera, dessa vez eu escrevi, mas apaguei de novo, assim se repetiu por várias vezes, só que na minha mente. Toda hora as palavras vinham, mas logo eu trocava por outras, batia a vontade de acrescentar algo, afinal era de madrugada e eu queria por em palavras, por na prática o que estava acontecendo aqui dentro de mim.

Sei lá, acho que era uma sexta ou sábado de madrugada, não me recordo bem, alias, nem sei de onde veio tanta vontade assim e mais nem sei como começou, com quem, pra onde vai e como vai ficar. Era apenas uma carência, normal, qualquer pessoa tem essa merda [desculpa a expressão], todo mundo precisa de um abraço, de um dengo, chamego, beijo, carinho, ai de você se falar que não, ops: eu respeito quem acha que não, mas ... Por fim, tudo começou quando ouvi "hoje tô carente", de primeira você sente a vontade de consolar a pessoa, mas não imagina que essa vontade passa pra você, então você quer dormir, mas não consegue, por quê? Porque seus pensamentos elaboraram mil coisas.

Pela janela eu vi uma luz, estava refletindo na parede do quarto, dava a entender que já era de manha e eu ainda estava dormindo, que vergonha, eram quase 2 horas  da tarde. Então levantei, mas algo me prendia na cama, então voltei a fechar os olhos e pensar, ah verdade, lembrei, foi isso mesmo, eram os sonhos da primeira noite de inverno que eu tive.  Que sonhos? Isso eu vou ficar devendo a vocês, pois a dona do sonho não nos revelou, mas ela havia citado de que precisava contê-los logo ou aquilo acabaria com ela. 

Ela disse que era uma mistura de beijos e  carícias, havia um sexo oposto no sonho, mas ela também não contou quem era e o que faziam, apenas disse que precisava vê-lo ou conversar com ele, contar e pôr em prática o que ela havia imaginado naquela madrugada fria - diz ela.

Toda envergonhada, sentou se e logo se deparou totalmente despida, mas na sua imaginação. Ela estava sem voz, ofegante, suando, toda debruçada, com alguns arranhões de fetiches nos olhos.  Os sonhos que ela teve, jamais serão revelados para qualquer outra pessoa sem ser o parceiro do sonho, ela os deixará com uma pitada de curiosidade. Alias o parceiro dela a cada instante ficava mais instigado com as coisas que ela falava, que não eram poucas nem bobas. Parecia história de cinema, mas ela dizia a ele, que era apenas uma forma de descobrir o seus instinto e assim foi, alias foi nada, porque depois disso ela nunca mais falou sobre o assunto e nem relevou a ninguém o que é que tinha naquele sonho."

Primeiro dia do inverno é assim, frio, cheio de fome e imaginações lá no último andar do prédio! Alias, eu ainda suspeito de que ela só queria  descobrir-se e por pra fora todos esses desejos pecaminosos de uma noite só!

PARA OUVIR - Speed of Sound - Coldplay

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