31 de março de 2014

Uma carta ao coração.



Querido coração.

Por um tempo achei que você estivesse morto. É que você estava sem reação a qualquer emoção, você só batia, mas porque precisa bater mesmo, parecia que não estava vivo ai/aqui/lá dentro.

Agora não sei porque você está batendo freneticamente, parece até que está desesperado e eu queria saber o motivo, se é que eu já não saiba.

Você foi inteligente por um bom tempo, agora voltou a ser estúpido. Vamos ter uma briga séria diz o cérebro.

- pare de reagir com emoção seu idiota.
- me deixe, o dono da razão é você, eu sou emoção diz o coração.
- eu sei, é por isso mesmo que você só vive sensível.

É coração, acho que daqui a algum tempo as palavras serão essas, sensível, sensibilidade e todos os outros derivados da mesma.

Tudo poderia estar ocorrendo bem se você não estivesse bombeando e clamando por atenção.

Sábio é o cérebro que pensa e faz aquilo que está guardado em si.

Ah querido coração, se esconda mais um pouco, não vai doer, vai ser até melhor do que ficar sorrindo indiscretamente. Coração safado!

Coração apaixonado é bobo tolo. Vive sorrindo e com a cabeça nas nuvens, quer dizer, o coração faz a gente ficar com a cabeça nas nuvens, pensando em mil pensamentos que não deveríamos nem pensar, nos faz antecipar planos que deveriam ser para daqui a longos anos.

O seu órgão grande e essencial para manter-me de pé faça o favor de se controlar, eu sei que é difícil ficar normal quando ele está por perto, quando ele abre um sorriso, ou como é multicultural e fala de mil coisas que viu mundo a fora, mas, por favor, se controle.

Coração volte pro teu lugar que é apensar bombear sangue e não fazer o cérebro bombear pensamentos malucos...


Cansei, com coração não se conversa!

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